23 novembro 2010

Como acabar com um campeonato de futebol

Antes de tudo, a definição de futebol de campo: onze jogadores contra onze jogadores. Ganha quem fizer mais gols em um determinado espaço de tempo. O que elimina, por suposição, a famigerada "morte súbita" (a Fifa extinguiu-a, felizmente). Em uma competição dizem que o mais justo é que todos joguem contra todos, em turno e returno. Será mesmo? E como isso afeta o que realmente importa: a emoção dos jogos?


Em 2006 houve repetições de jogos porque juízes haviam sido comprados por casas de apostas para "fazer" os resultados. O Inter sentiu-se prejudicado, apesar de o Corinthians, com um grande time, ter feito um campeonato muito bom. E teve um gol regular, de Tevez, contra o Palmeiras, anulado pela bandeirinha Ana Paula Oliveira (que, por sinal, trabalha muito bem, no geral).


Em 2009, o Corinthians visivelmente fez "corpo mole" contra o Flamengo para prejudicar o São Paulo, que se vingou em 2010 e tomou uma goleada do Fluminense, que tomou a liderança do campeonato das mãos do Corinthians.


Pergunto de novo: isso é justo? Times que não têm mais perspectivas no campeonato decidindo os jogos cruciais por rivalidades regionais? A reta final dos campeonatos por pontos corridos é uma vergonha. Todos os campeonatos deveriam ter uma fase eliminatória. Selecionam-se os 4 ou 8 melhores times que jogaram entre si, evitando marmeladas, pois entre 20 times muitos estariam entre os 8, e o resto brigando contra o rebaixamento. Esses 8 times fariam jogos de ida e volta. Quem fizer menos pontos na soma dos jogos, cai fora. Cada jogo é uma final. E todos saem ganhando. A audiência da TV aumenta, os estádios ficam lotados, emoção em todos os jogos. O que será que desestimula a CBF e a Globo a mudarem as regras do campeonato?