02 maio 2011

Bye, bin Laden

Uma comemoração ostensiva dos EUA marcou o anúncio da morte de bin Laden. Isso, de certa forma, os iguala àqueles muçulmanos que comemoraram a queda das torres gêmeas. Os americanos deveriam ter recebido a notícia com alívio, claro. O mundo amanheceu um pouco melhor com um terrorista importante a menos. Mas também com tranquilidade, não saindo às ruas, cantando hinos e hasteando bandeiras. Imagino essas imagens chegando às televisões da Al Jazira e o povo islâmico vendo a festa. Não é difícil concluir que gerará mais violência e ódio por parte deles. A situação não é a mesma de um jogo de futebol, onde a torcida deve comemorar um gol. A morte de um líder rebelde que fez o que achava correto (por mais hediondo que seja) não significa o fim da guerra. Muito menos que haverá uma mudança de pensamento dos fanáticos religiosos. Significa, apenas, que uma pessoa com capacidade de liderança e inteligência para articular um grupo não existe mais. Certamente haverá substitutos para ele. A mente dos fanáticos islâmicos é o problema central da questão. O Ocidente sempre será o inimigo a ser extirpado (ou convertido) do mundo. Com esse pensamento (a nosso ver, maluco, mas normal para eles) muitas gerações ainda se inflarão contra o que for diferente daquilo.

Foto de Justin Lane