15 janeiro 2014

"Blues"bell

 
Passei muito tempo envolto em Beatles, John, Paul, Elvis, Elton, Aretha, Ray, Knopfler, Hodgson, Rivers, Cocker... Cartola, Vinícius, Rita, Marisa, Caetano, Roberto. E perdi a flor azul que nascia em São Paulo, aqui do meu lado.

 
Justamente por viver basicamente numa redoma musical e por ter algum critério, me encanto com uma nova promessa apenas a cada 2 ou 3 anos. E qual foi minha surpresa ao saber que a carreira de Blubell já não era tão recente assim! Essa "promessa" já era realidade. Eu que não percebera!



Corri a tempo de assistir a apresentação do novo trabalho (4º álbum), onde, modestamente, ela se julga uma "não-diva". Coincidentemente, o nome do álbum utiliza uma expressão que usávamos na minha antiga banda de anos 60, que pretensamente nos fazia sentir menos velhos ("é a mãe").


Ao vivo, assim como no álbum, uma alta qualidade técnica dos instrumentistas e uma interpretação madura de sua protagonista. O único "porém" foi o ajuste de som do próprio SESC, faltando equalização entre os instrumentos e exagerando no agudo das vozes. Mas nada que abalasse minha "segunda" impressão. Músicas tristes, alegres, brincadeiras... tudo feito com aquela competência que transmite a mais pura naturalidade.


Sobre a flor, bluebell (parece que o "e" foi eliminado por motivos de direito autoral), descobri o seguinte: "Se crescidas sozinhas ou em massa, estas flores podem colocar-se em uma exibição deslumbrante. Não é de admirar que são uma fonte favorita". Não poderia ser mais perfeito: deslumbrante e favorita.